terça-feira, 18 de maio de 2010

Senador Flávio Arns propõe alterações da LDB - ACABANDO com a Educação Infantil - Projeto de Lei S 414/2008/ PL 06755/2010

No Encontro do Proinfantil um dos assuntos discutido foi a respeito do projeto do Senador Flavio Arns e as alterações da LDB que ele propõe na Educação Infantil.

Precisamos manifestar nosso repúdio em relação às alterações da redação dos arts. 4º, 6º, 29, 30, 32 e 87 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a educação infantil até os 5 (cinco) anos de idade e o ensino fundamental a partir desta idade.
É um absurdo o que querem fazer com "nossos pequenos"!! O Projeto de Lei do Senador Flavio Arns teve aprovação na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Federal, bem como os vários projetos em tramitação na Câmara de Deputados sobre a mesma questão.
O Projeto pode antecipar acesso de alunos ao ensino fundamental. Se aprovada, alteração na LDB permitirá que crianças de cinco anos se matriculem na primeira série.
Espero que esta luta seja ampliada e fortalecida pelo apoio de outros defensores da infância, já que nessa faixa etária, as crianças ainda estão em fase de amadurecimento e pertencem ao nível da Educação Infantil, que tem suas especificidades.
Nas creches ou Centros Municipais de Educação Infantil, haverá cuidado e atenção apropriada às crianças de cinco anos, o que não ocorrerá se elas forem matriculadas diretamente na primeira série do ensino fundamental. Já há escolas, tanto da rede pública, quanto na privada, que aceitam matricular alunosde5anosnaprimeirasérie.
Quando o Ensino Fundamental foi expandido de oito para nove anos o entendimento era ode que esse primeiro ano escolar não deveria ter o mesmo caráter que a primeira série do ensino fundamental de oito anos; ou seja, a idéia era garantir mais um ano de educação obrigatória para as crianças, mas isso não significava que a alfabetização deveria ser antecipada.
Infelizmente, minha gente, a antecipação do acesso ao ensino fundamental pode esconder interesses econômicos: Há por parte principalmente das escolas particulares a intenção de que crianças de cinco anos ingressem no ensino fundamental por uma lógica de mercado; alguns pais têm essa vontade e as escolas vêem nisso uma oportunidade de ampliar o número de matrículas. O aluno vira cliente!!

Além disso, a medida interessaria algumas prefeituras, por exemplo, pois diversos municípios poderiam, supostamente, diminuir a demanda na Educação Infantil (lembra que vimos na LDB que o município é responsável por este nível de ensino?). Ao invés de garantir vagas para todas elas nas creches e Pré-escola, que têm toda uma infra-estrutura específica e profissionais capacitados para isso, essas crianças seriam jogadas à própria sorte no ensino fundamental e as reais demandas delas não seriam atendidas
É o Ensino Fundamental o responsável por trazer às crianças de até cinco anos atividades pedagógicas apropriadas, lúdicas, que assegurem o direito à infância, às brincadeiras, tudo isso tem papel fundamental no desenvolvimento cognitivo.
O próprio mobiliário das escolas não foi pensado para elas; as carteiras e cadeiras são imensas para os corpos das crianças de cinco anos; os equipamentos sanitários, para citar outro exemplo, são praticamente inacessíveis!!
Não podemos deixar que a vontade individual de alguns pais que têm filhos em escolas particulares, ou de municípios que querem maquiar os péssimos índices de atendimento à demanda da Educação Infantil, prevaleçam sobre a correta visão pedagógica.
Se desejar, escreva sua opinião no...
http://www.senado.gov.br/web/senador/FlavioArns/form_fale_com_senador.asp

Profª Vera

A Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd considerando o amplo debate por ocasião da elaboração das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Resolução CNE/CEB Nº 5, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009) envolvendo seus pesquisadores, manifesta-se contrariamente ao PLS 414/2008/ PL 06755/2010 e conclama toda a sociedade a lutar contra a sua aprovação pelas seguintes razões:

1. Pesquisas e experiências nacionais e internacionais têm demonstrado a importância da educação infantil para a socialização e a aprendizagem das crianças de 0 a 5 anos de idade, adotando-se para isso processos pedagógicos próprios e adequados às necessidades e demandas das crianças pequenas, investindo-se na formação específica dos profissionais;

2. As recentes Diretrizes Curriculares de Educação Infantil, elaboradas a partir de amplo processo de consulta na área educacional e em resposta às mudanças constitucionais que ampliaram a obrigatoriedade escolar para pessoas de 4 a 17 anos, buscaram assegurar o entendimento de que a educação infantil inclui crianças de 0 a 5 anos e 11 meses, de modo que somente aos 6 anos completos inicia-se o ensino fundamental (Art.5º - § 2 e § 3 - Resolução CNE/CB nº 5, de 17 de dezembro de 2009);

3. Segundo essas Diretrizes Curriculares, e outros documentos oficiais orientadores e normativos produzidos nos últimos anos no âmbito do Ministério da Educação, a garantia de uma educação infantil brasileira de qualidade significa respeitar e proteger os direitos das crianças à brincadeira, ao cuidado, ao respeito à diversidade, ao acesso à cultura (entre outros). Para tanto, os espaços e tempos da educação infantil devem assegurar “a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo educativo” e “a indivisibilidade das dimensões expressivo-motora, afetiva, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural da criança” (DNCEI, Art. 8º, § 1º, I e II);

3. O desenvolvimento integral das crianças (LDB 9394/96, Art. 29), finalidade da educação infantil, deve ser promovido em contextos educacionais específicos a partir de propostas e práticas pedagógicas adequadas, elaboradas por profissionais qualificados, visando a que as crianças construam suas identidades pessoais e coletivas, brinquem, imaginem, fantasiem, desejem, aprendam, observem, experimentem, narrem, questionem e construam sentidos sobre a natureza e a sociedade, produzindo cultura (DCNEI, Art.4º), ou seja, respeitando processos de desenvolvimento e aprendizagem;

4. Pesquisas nacionais em andamento e reportagens veiculadas pela mídia impressa têm evidenciado reiteradamente a lentidão e as enormes dificuldades na implementação do ensino fundamental de nove anos, iniciando-se para as crianças de 6 anos de idade, em atendimento à EC n. 53/06 e à Lei 11.274/2006, dificuldades advindas da cultura escolar cada vez mais produtivista, do despreparo dos professores e das escolas de ensino fundamental, da ausência de condições materiais e pedagógicas, para a acolher a criança nessa idade nas suas necessidades e direitos;

4. O Projeto de Lei do senador Flávio Arns - PLS 414/2008/ PL 06755/2010, além de desconsiderar a realidade acima referida, que poderá ser imensamente agravada com a entrada de crianças ainda mais novas na escola regular de ensino fundamental, diminui em um ano a possibilidade da criança pequena viver experiências educacionais significativas na educação infantil, e não prevê o aumento da duração do ensino fundamental para 10 anos, o que torna mais perniciosa a sua aprovação, atentando contra o direito à educação consagrado na CF 1988.

Assim, compreendendo que o Projeto de Lei do senador Flávio Arns - PL 414/2008/ PL 06755/2010 – desconsidera a especificidade da educação infantil concebida como a primeira etapa da educação básica e desrespeita tanto os direitos das crianças de 5 anos de idade quanto os avanços obtidos no campo da pedagogia da infância, nos manifestamos CONTRA a sua aprovação.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

CEB DIA 19 DE MAIO DE 2010 ÁS 18H - DCE

O DCE convoca os CAs para o Conselho de Entidade de Base _ CEB, será realizado no dia 19/05/2010 ás 18h na sede em frente ao RU.
Informes:
  • Construção coletiva do curso de formação política (CF1 e CF2);
  • Greve dos Estudantes.
Pauta:
  • Eleção para CONSUNI e CONSEPE.

http://www.blogdodce.wordpress.com/

CARTA-MANIFESTO

Campanha em combate as consequências do REUNI
e em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade

ESTUDANTES,
No ano de 2007, foi decretado pelo governo federal o REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) que prevê, até 2012, o aumento do número de vagas nas universidades em mais de 100%, mas sem o aumento proporcional do número de servidores (docentes e técnicos).

As consequências desse decreto são visíveis na universidade: falta de professores e de técnicos para operar laboratórios e equipamentos; problemas na estrutura - alguns cursos não têm sequer sala de aula em bloco próprio; política de Assistência Estudantil ineficiente, já que diariamente passamos horas na fila do Restaurante Universitário (RU), não há vagas suficientes na Casa do Estudante Universitário (CEU) e são poucas as bolsas de permanência diante da demanda; reforma acadêmica com mudanças nas grades curriculares, cujas modificações atendem ao déficit de professores ocasionado pela elevação do número de alunos; e outras.

Tendo em vista as metas do Reuni, como podemos ter qualidade de ensino, se os professores e técnicos não terão como se dedicar ao que fazem? Como os docentes conseguirão acompanhar e corrigir as provas de 80, 100 alunos, orientar formandos e ainda produzir conhecimento por meio de pesquisas? Além disso, a previsão de recursos destinados à Assistência Estudantil, ou seja, manutenção da CEU, do RU e bolsas de permanência são insuficientes para os estudantes que entram na universidade.

Há, ainda, outras ações claramente ofensivas a comunidade acadêmica. Foi aprovada pelo Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) - que já aprovou o “novo Enem” como única forma de ingresso na UFMT via ad referendum - a Resolução 197/2009, a qual tem como um dos objetivo diminuir a carga horária docente para pesquisa e extensão e obrigá-lo a assumir mais disciplinas, o que implicará numa redução significativa da produção de conhecimento, comprometendo a qualidade do nosso ensino. Nesse caso, a preocupação central é atender ao Reuni, se lembrarmos quais são as suas metas de ampliação de vagas sem proporcional ampliação de investimentos e contratação de servidores.

Outra questão não menos importante é que nos últimos dias a administração superior realizou o Seminário de Segurança, no qual apresentou um novo projeto que pretende “isolar” a UFMT, proibindo a circulação de ônibus e exigindo identificação de todos que entrarem no campus. Indício claro de que a noção de espaço público está distorcida para os nossos representantes, bem como a de representação, visto que o que fazem não é representar a vontade da maioria, e sim atender interesses particulares ou de pequenos grupos. Contudo, em reação a esses ataques, os estudantes estão se organizando para combater as medidas políticas aprovadas pela administração superior, sem discussão com a comunidade acadêmica.

O Movimento Estudantil tentou dialogar e protocolou diversos ofícios pedindo que estes problemas fossem efetivamente resolvidos. Diante de tantas negativas, nós, estudantes, resolvemos nos mobilizar para que nossas reivindicações sejam ouvidas.

Muito já se discutiu a esse respeito em reuniões, assembléias e nos CEB's (Conselho de Entidade de Base), realizados pelo DCE. Outros cursos, que apresentam os mesmos problemas, também sinalizam paralisação ou outros tipos de manifestações em repúdio ao sucateamento da universidade.

Os estudantes do ICHS desde o dia 12/04 estão em GREVE. A reitora ainda não respondeu a pauta de reivindicações e disse que somente segunda-feira terá um posicionamento oficial.

Foto da greve estudantil no ICHS
Para debater com o coletivo dos estudantes e os CA’s, o DCE convocou um CEB extraordinário para o dia 15/04, às 16h, no ICHS, tendo como pauta única as mobilizações da campanha em combate as consequências do REUNI na UFMT.

Por isso, é importante a participação de todos, pois somente organizados e fortalecendo a luta é que as nossas reivindicações serão, de fato, atendidas.

Cuiabá, 14 de abril de 2010.


Por uma política de Assistência Estudantil de qualidade!
Ampliação do Restaurante Universitário, da CEU e das bolsas já!
Mais bolsas de pesquisa e extensão!
Abertura imediata de concursos públicos para técnicos e professores efetivos!
Funcionamento da biblioteca setorial em todos os períodos!
Garantia e ampliação dos campos de estágio!
Revogação da resolução 197/2009!
Construção urgente da creche, proposta de campanha da reitora.
Pela discussão ampliada do projeto de segurança da UFMT. Nada deverá sem implantado antes da aprovação da sociedade!
Paridade nos espaços deliberativos (conselhos e colegiados), ou seja, pela representação igualitária com os outros segmentos!
Por uma gestão democrática da administração superior, que represente de fato a comunidade acadêmica!
ORGANIZAÇÃO: DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES-UFMT-Cuiabá

CENTRO ACADÊMICO DE SERVIÇO SOCIAL

APOIO: ABEEF, ADUFMAT, ASS-INTERSINDICAL, CA Letras-ROO, Coletivo Além dos Muros, Coletivo Juntos Somos Fortes, ENECOS, ExNEL, FEAB, FEMEH, OPOSIÇÃO DE ESQUERDA-UNE, SINDJUF.

Trote Solidário

Fotos do dia 27 de março de 2010 EMEB "Osma Jose do Carmo Cabral

Curso de Preparação de Brinquedista e Organização de Brinquedotecas - ABBri

O próximo curso de Preparação de Brinquedista e Organização de Brinquedotecas, será nos dias 19 a 23 de Julho de 2010. Para efetivar/reservar sua vaga para o curso, faça depósito na conta da Associação Brasileira de Brinquedotecas - Banco Itaú Ag. 0390 C/c 38539-1 e envie fax do comprovante para o fone/fax.(11) 5533-1513, e ficha de inscrição devidamente preenchida(anexo).

http://www.brinquedoteca.org.br/si/site/0021000?idioma=portugues

Investimento

R$ 500,00 (à vista para pagamento até 15/05/10)
R$ 550,00 (à vista para pagamento após 15/05/10)
R$ 660,00 (em quatro vezes):

1ª parcela: R$ 230,00 (ato da inscrição/depósito - até 15/05/10)
2ª parcela: R$ 130,00 (Cheque para 02/08/10)
3ª parcela: R$ 130,00 (Cheque para 02/09/10)
4ª parcela: R$ 130,00 (Cheque para 02/10/10)

* valor do curso para afiliados

R$ 500,00 (à vista para pagamento até - 15/05/10) ou parcelado em 02 vezes
1ª parcela: R$ 250,00 (ato da inscrição/depósito - até 15/05/10)
2ª parcela: R$ 250,00 (depósito/cheque para 19/10/10)
Por ser restrito o nº de vagas, a reserva só será garantida após o pagamento.

MOÇÃO DE APOIO DA PEDAGOGIA

A Comunidade Acadêmica


No dia 12 de abril de 2010, os estudantes do curso de Pedagogia, localizado no Instituto de Educação/UFMT, organizaram-se em Assembléia e decidiram por meio de votação direta, legítima o apoio total à Paralisação realizada pelos alunos dos ICHS, DCE e alguns cursos da UFMT. O apoio consiste em: adesão da paralisação durante um dia (13/04/2010), Moção de Apoio e em caso de uma duração maior da paralisação do ICHS, convocação de outra Assembléia para decidirmos a continuidade ou não da paralisação no curso. Identificamos que o curso de Pedagogia também tem sido afetado negativamente em diversos fatores por consequencia do REUNI. Logo, entendemos que as reivindicações feitas por estudantes de outros cursos são pertinentes ao nosso também. Portanto, elencamos aqui algumas de nossas reivindicações:

 Salas de aula estruturas, amplas e boas condições físicas para os alunos;
 Contratação de professores de dedicação exclusiva;
 Melhorias na infra-estrutura para promover a acessibilidade;
 Término da construção do prédio de salas de aulas do IE, no prazo previsto pela construtora de 7 meses;
 Fiscalização Orçamentária da obra do IE, bem como das obras de acessibilidades que estão sendo implementadas da UFMT;
 Construção da Creche, anseio dos alunos de Pedagogia;
 Ampliação e climatização do RU;
 Construção de Centros de Convivência para os Estudantes;
 Bibliotecas com acervo atualizado e melhor estruturado;
 Oferta de bolsas (permanência, alimentação e moradia) em datas diferenciadas para os alunos novos, oriundos do novo ENEM;
 Paridade em todos os espaços de deliberação.
Por acreditarmos, serem justas as reivindicações dos estudantes, em defesa de uma Universidade Pública e de Qualidade. Além disso, acreditamos, apoiamos e respeitamos às instâncias estudantis de organização, que nós da Pedagogia, encaminhamos esta moção para o DCE, ICHS e Comunidade Acadêmica, num apelo para que a reitora Maria Lúcia Cavalli Neder, atenda as reivindicações dos estudantes.

Atenciosamente, alunos e alunas da Pedagogia.