quarta-feira, 10 de março de 2010

Para distrair um pouco

Ação Global

Atividade que o CAPe participou com os alunos de Pedagogia/UFMT, os discentes realizaram no lucal oficinas de pintura facil, brincadeiras infantis e contação de história.
Ação Global
30 de maio de 2009 - Bairro Pedra 90



Trote Solidário


O Centro Acadêmico de Pedagogia (CAPe) – UFMT tem em sua trajetória um histórico de trote solidário por respeito aos alunos(as) que ingressam na vida universitária. E em 2010 não poderia ser diferente, pensando nisso, organizamos a recepção dos(as) calouros(as) de Pedagogia/2010 pensando em dois aspectos: o primeiro é a recepção dos estudantes nos primeiros dias de aula e o segundo é a solidariedade.
Pensando nisso, firmamos parcerias com a Direção do IE, Coordenação do curso de Pedagogia, PET-Educação e a FÁCIL CONSULTORIA - Empresa Júnior da UFMT, com o intuito de proporcionar aos calouros um ambiente salutar, aconchegante, divertido e solidário. Em conjunto com a Coordenação do curso, optamos por realizar uma “Ação Solidária” no bairro Osmar Cabral, local onde o curso de Pedagogia realizará nos próximos três anos o estágio supervisionado nas seguintes escolas: EMEB Ana Luisa, EMEB Osmar José do Carmo Cabral e EMEB Maximinio. Portanto, buscamos oportunizar aos novos acadêmicos um retorno a sociedade o investimento feito nele durante a graduação e também permite aos veteranos, terem nas escolas onde farão os estágios, espaços para leituras com livros infantis.
Mas, para tanto, precisamos da participação ampla dos novos estudantes de pedagogia na arrecadação dos materiais solicitados, para que tenhamos sucesso e também para que o CAPe venha ganhar o prêmio desde ano. Na “Ação Solidária” o trabalho será desenvolvido por equipes e contaremos com a participação e colaboração de outros cursos como: Economia, Ciências Contábeis e Administração/UFMT.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES NO MÊS DE MARÇO - 2010
RECEPÇÃO DOS CALOUROS

DIA - 08
- Aula inaugural – boas vindas;
- Apresentação da Coordenadora do Curso - Profª Drª Judith Guimarães e da Diretora do IE - Profª Drª Ozerina;
- Apresentação do professor (a) responsável pela turma;
- Palestra com o Profº Drº Darci Secchi.
- Apresentação do CAPe e seus coordenadores;

DIA - 09
(9h30min) Turma do período Matutino - COQUETEL E UM PASSEIO PELA UFMT
(5h30min) Turma do período Vespertino - COQUETEL E UM PASSEIO PELA UFMT
- Início da arrecadação de livros de Literatura Infantil e leite longa vida (ponto de coleta PET-Educação/IE- enfrente a cantina do IE).

DIAS 16 e 17 das 18h ás 21h
- Oficinas:
· Pintura facial (resp. Paula)
· Confecção de brinquedos (resp. Francinalda)
· Contação de história (resp. Anne)
Local: salas do IE
Inscrição sala do PET-Educação

DIA 19
AVALIAÇÃO DO CURSO PELA COORDENAÇÃO

DIA 22
Doação de sangue;

DIA 25
- Termino da arrecadação de livros (literatura infantil) e Leite longa vida - 17h30min

DIA 27 (sábado)
AÇÃO PEDAGÓGICA – Escolas MEB Osmar José do Carmo Cabral. Bairro Osmar Cabral - das 7h30min ás 12h

Francinalda Pereira - Coordenadora CAPe

Programas de Assistência Estudantil

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
PRÓ-REITORIA DE CULTURA, EXTENSÃO E VIVÊNCIA
COORDENAÇÃO DE ARTICULAÇÃO COM ESTUDANTES - CARE

· BOLSA PERMANÊNCIA:
Estabelece estratégias e diretrizes que proporcionam, através de atividades remuneradas (20 horas semanais), o desenvolvimento acadêmico, cultural e técnico aos estudantes de baixa renda. A carga horária de contrapartida objetiva qualificar a formação do/a bolsista. Para tanto, o/a estudante deverá ter um professor supervisor, que o acompanhará no desenvolvimento de suas atividades, que podem ser no ensino (monitoria voluntária, estagio curricular obrigatório), na pesquisa (bolsista voluntario), na extensão (projetos de caráter científico, cultural ou esportivo). Para o/as estudantes de primeiro e ultimo semestre o cumprimento dessa carga horária não é obrigatório.Resoluções CONSUNI n.ºs 05, de 04 de maio de 2005 e 11, de 09 de junho de 2005.
AUXÍLIO MORADIA ESTUDANTIL (Casa do/a Estudante - Campus de Cuiabá e Rondonópolis):
Destinado a alunos de baixa renda residentes fora do município-sede da Universidade. As vagas são disponibilizadas à medida em que os moradores formam ou saem da Moradia por alguma outra razão. Resolução CONSUNI n.º 06, de 04 de maio de 2005.

AUXÍLIO ALIMENTAÇÃO:

Destina-se a apoiar a permanência dos estudantes na Universidade através do repasse mensal do valor correspondente ao almoço e ao jantar no Restaurante Universitário. Para os estudantes dos campi da UFMT que não contam com a estrutura de restaurante o valor será igual ao custo gênero da época. Resolução CONSUNI n.º 04, de 18 de abril de 2007.
INSCRIÇÕES: Data: 04 A 19 de março de 2010
Horário:08:00 às 11:00 e 14:00 às 17:00 horas
Local: PROCEV/CARE (Bloco CCBSIII)
Acesso o formulário no site. http://www.ufmt.br/
Para a análise do pedido, é avaliada a situação sócio-econômica, do/a candidato/a e de sua família. Para que não haja prejuízo da solicitação, ou o indeferimento do pedido, deve-se apresentar os documentos abaixo relacionados e, também, responder a todas as perguntas do Formulário de Solicitação que poderá ser acessado na página da UFMT, e deverá ser impresso e entregue na CARE.

DOCUMENTOS NECESSÁRIOS:

a. RG/ CPF (e dos familiares com quem reside)
b. Comprovante de matrícula na UFMT;
c. Histórico escolar da UFMT;
d. Histórico escolar do Ensino Médio;
e. Comprovante de renda e despesas

COMPROVANTES DE RENDA

Comprovante de renda mensal do(a) interessado e de todos os membros da família que contribuem para a renda mensal no domicilio (contracheque, envelope de pagamento ou declaração do empregador, constando cargo e salário atualizado; extrato trimestral de beneficio do INSS, ou recibo bancário atualizado; comprovante de recebimento de pensão alimentícia; carteira de trabalho). Mesmo que seja no mercado informal de trabalho - apresentar declaração do que faz e quanto recebe aproximadamente por mês
Comprovante atual de pensão alimentícia, se os pais ou o candidato receberem ou pagarem pensão (o mais recente);
Declaração de Imposto de Renda de pessoa física (atual) dos (as) mantenedores(as) da família;
Declaração do imposto territorial rural para proprietários(as)de sitio(s) e fazenda (s);
Declaração de imposto de renda de pessoa jurídica (atual) para proprietários(as) de microempresa(as);
Autônomo(a) e outros(as) prestadores(as) de serviço: Declaração Atual com descrição da atividade exercida e a relação de bens;
Taxistas: Declaração do sindicato comprovando a renda mensal e atualizada;
Desempregados (cópia autenticada da carteira de trabalho com página do ultimo registro mais uma página em branco)

COMPROVANTES DE DESPESAS
Moradia - comprovante de pagamento de aluguel ou recibo de financiamento da casa própria;
Educação - comprovante de pagamento de mensalidades escolares;
Saúde – atestado médico ou relatório médico;
Imóvel próprio - Comprovante de pagamento do imposto predial e/ou territorial urbano (não é necessário estar pago);
Comprovante de pagamentos de água condomínio, luz e telefone (não e necessários estarem pagos);

QUANTOS SERÃO OS ‘FORASTEIROS’ DO ENEM?

Prof. Dr. Darci Secchi*

Um dos assuntos mais complexos da atualidade é estabelecer critérios para definir a identidade e o pertencimento de segmentos sociais, políticos, étnicos ou culturais. Ou, dito de outra forma: ser ou não ser continua sendo um tema controverso...
Na literatura e na vida quotidiana, encontramos inúmeras expressões - pares opositivos como ‘nós daqui’ e ‘vocês de fora’ -, que procuram ordenar as relações entre as pessoas. Essas oposições binárias recebem denominações mais ou menos glamorosas, segundo as origens ou interesses dos respectivos autores. Cito, da memória antropológica, termos como os ‘out-siders’ versus os ‘estabelecidos’; ‘the strangers’ versus ‘the natives’; ‘colonizados’ versus ‘colonizadores’ e, em Cuiabá, a peculiar categoria dos ‘paus-rodados’ versus os ‘de chapa e cruz’.
Se pensarmos na diversidade dos estados nacionais, essa oposição torna-se ainda mais fluida, uma vez que cada país estabelece critérios próprios para definir o pertencimento dos cidadãos. No Brasil, por exemplo, é o nascimento que define a nacionalidade. Nasceu aqui, é brasileiro e ponto final! Em diversos países da Europa o critério é o inverso. Prioriza-se o sangue ao invés do local de nascimento: é italiano, alemão, austríaco, etc. quem carrega descendência ou ancestralidade, independente do local onde tenha nascido. Tal decisão assegura-lhes o direito a múltiplos pertencimentos e a múltiplas cidadanias. No hiato dessas lógicas, existem também os povos sem nenhum reconhecimento identitário específico (e, às vezes, até sem cidadania), que foram classificados segundo critérios arbitrários ou impostos, como ‘índios’, ‘ciganos’, ‘negros’ e tantos outros.
Trazendo essa reflexão para o âmbito da UFMT, com o intuito de determinar quantos ‘forasteiros’ foram matriculados neste ano, resta evidente a precariedade política, operacional e conceitual de tal propósito. Quais os critérios que seriam adotados para ‘classificá-los’? Seria o local de seu nascimento? A sua residência atual? O estado de nascimento de um dos pais? O estado emissor do seu RG? O seu endereço postal declarado? O domicílio residencial, comercial, eleitoral ou fiscal comprovado? O estado em que concluiu o ensino básico (útil para aferir a ‘qualidade do ensino’)? O do último ‘cursinho’ que freqüentou? Suas características físicas, nome de família, habilidade no rasqueado (!),ter comido cabeça de pacu com farofa de banana...
Como se vê, num estado com grande movimento migratório, esse modelo de classificação pode acabar numa rua sem saída. Por isso, retomo um argumento anterior que me pareceu bastante pragmático: Todos os estudantes são bem-vindos, sempre que trouxerem consigo o compromisso com a sua formação, com o poder público e com a sociedade que, em meio a tantas dificuldades, financia seus estudos na Universidade Pública.
Aos estudantes que não desejam assumir compromisso algum - sejam eles oriundos de onde forem - não creio que devamos festejá-los nos nossos Cursos. Se quiserem - como propõe a anedota - que se inscrevam em quimioterapia... Isso mesmo: que procurem um centro de oncologia e extirpem de uma vez por todas o câncer da indiferença, essa doença moderna que tanto fragiliza a Universidade e a sociedade. Você que me lê, pergunte-se: o que podemos esperar de um estudante ‘genérico’, predador de vaga, que se abriga na UFMT até passar a chuva, se submete a qualquer Curso e logo desaparece com o seu sumaríssimo “valeu bróde, vou vazá”?
Quando abrimos mão de escolher os nossos estudantes, abrimos mão do essencial! Jogamos fora uma parcela expressiva da nossa autonomia. Hoje nos impõem os estudantes, depois serão os professores, funcionários e, quiçá, (ironicamente) até os gestores que avalizaram tal temeridade.
Nossa missão institucional pode estar em risco e precisa ser resguardada. Comecemos, pois, retomando o direito de selecionar nossos estudantes.

Doutor em Ciências Sociais (Antropologia), professor do Instituto de Educação da UFMT.

ATÉ O ÚLTIMA CHAMADA

*Darci Secchi

Começou nesta semana a segunda etapa de inscrições de estudantes nas Universidades que optaram pelo Sistema de Seleção Unificada – SiSU/ENEM. No início de março haverá uma terceira chamada e, depois, tantas quantas necessárias para integralizar as turmas de cada Curso. Enquanto isso, vamos nos preparar...
Como se sabe, o modelo de seleção utilizado neste ano pela UFMT é similar ao de um pregão de Bolsa em dia de alta volatilidade: os candidatos escolhem um determinado papel - um Curso - e permanecem de olho no home broker (telinha) torcendo para que ninguém o derrube. Quando percebem algum risco na sua ‘linha de corte’, se desfazem do Curso escolhido (realizam o prejuízo) e passam a procurar outro que lhes seja mais compatível com os recursos (notas) disponíveis. Como o mercado é instável e os prazos exíguos, quem vacila, dança... Em resumo, aquele sonho acalentado desde a infância, a paixão por uma determinada profissão, o prazer de enfrentar desafios com dados objetivos, desaparecem, subitamente, engolidos na virtualidade impessoal de um cassino oficial chamado SiSU.
É bem verdade que esse viés, em parte, também ocorria nos modelos classificatórios anteriores, porém, agora, elevou-se ao extremo. Sua meta é ocupar todas as vagas de todos os cursos em todas as Universidades, seguindo a ordem de classificação linear e universal, sem qualquer preocupação com as especificidades dos Cursos, com as necessidades regionais, com os interesses individuais e sociais, enfim, com tudo o que se propõe a uma Universidade Pública e Autônoma.
Seria essa a nova maneira de fazer ‘educação com qualidade’? Duvido, ou melhor, acho um horror! Mas há quem a apóie e considere correta. Paciência! Aos que estão confusos ou indecisos acerca desse processo, resta o conforto de saber que, por falta de rumo, poderia ser ainda pior. Algo como a classificação por ordem alfabética, por exemplo. Os nomes começados com a letra A fariam Administração; os B Biologia os C Contabilidade; os D Direitos; os E Economia, Enfermagem, Engenharia e assim por diante. E os candidatos com nomes iniciados com as letras X e Y? Ah, sei lá... aguardariam até a última chamada ou passariam direto para Zootecnia (onde houver)...
Amigos, não é abdicando das responsabilidades que se consolida o futuro de uma Universidade, Estado ou País. A UFMT não pode fraquejar com a sua missão institucional, perseguida ao longo de 40 anos de história e tão bem expressa no seu site oficial (Visitem-no e vejam que interessante!).
Iguais sentimentos devem ter os Institutos e Faculdades, para escaparem à redução e ao acanhamento. Que tal retomar os projetos estratégicos, as parcerias, alianças, cooperações, convênios, enfim, todas as formas de articulação com o poder público, com os Conselhos, Associações e outras forças vivas da sociedade?
E os nossos Cursos? Terão se tornado meros alfobres com três ou quatro dúzias de estudantes classificados por malhas ou peneiras? Não é preciso ser nenhum Comênius para antever o quanto de ‘fadiga adicional’ exigirá de todos – professores e estudantes – para obtermos resultados satisfatórios.
O que fazer? A aguardar a última chamada? Não. Enquanto os números pululam e se desdizem vamos preparar uma bela recepção aos novos estudantes. No Instituto de Educação creio que será animada e calorosa! Não importa os caminhos e as agruras a que nossos estudantes se submeteram. Eles são a razão da nossa luta. Por isso, serão, sempre, MUITO BEM-VINDOS!

*Doutor em Ciências Sociais (Antropologia) professor do Instituto de Educação/UFMT.
UFMT: A UNIVERSIDADE ‘SANGUE BOM’!
Prof. Dr. Darci Secchi*

Um dos desafios da minha profissão é o combate diuturno ao preconceito, à xenofobia e a tantas outras atitudes discriminatórias, mas não posso negar que ando meio grogue com a sova que levamos no ENEM. Por isso, busco ânimo para argumentar para além do bairrismo ou do derrotismo.
É bem verdade que, nos primeiros dias daquele carnaval maluco chamado SiSU, senti orgulho ao ver a UFMT estrelando na passarela como ‘a mais procurada’, como a ‘nova musa’ dentre todas as federais e coisas tais. Que bom se assim fosse, ou melhor, quem dera, seja!...
Não pretendo agora fustigar os que evocavam prognósticos favoráveis ao modelo de ingresso adotado neste ano pela UFMT e algumas outras (100% ENEM), porém os dados preliminares das matrículas confirmam uma evidência: os sobreviventes mato-grossenses são raros. Viraram notícia na mídia e nos bares: “Você viu o Bob, aquele amigo do Marley? Pois é, passou em Pedagogia. O cara é fera mesmo” – ou algo assim.
Para os que apostavam nos benefícios sociais e educacionais das mudanças (?), creio que não resta dúvida de que cometeram um grande erro, senão uma insensatez. Numa canetada transformaram a UFMT em doadora universal de vagas. Num passe de mágica nos tornaram uma Universidade “Sangue Bom”, a mais procurada da praça! Num drible desconcertante eliminaram a diversidade histórica, o convívio dos estudantes mato-grossenses com os demais brasileiros e instituíram uma tipologia única: o aluno tipo “AB” – receptor universal das nossas vagas. (Nos ouvidos ainda ecoa um antigo jargão: “Venha ocupar Mato Grosso! Aqui você encontra ouro, diamante, madeira, terras férteis e uma Universidade Federal só para você”. De fato, com esse samba-enredo e essa bandeira é fácil empolgar a passarela...
Feita a caca, e cientes de que não somos nem malucos nem otários – como sugeriu um professor de outra Universidade – creio que devemos refletir com serenidade sobre a melhor forma de equacionar o ingresso dos estudantes nas Universidades. Uma Universidade Pública que pretenda contribuir com o desenvolvimento regional jamais adotará um modelo de acesso centrado apenas na meritocracia (que prioriza o merecimento, o desempenho individual dos candidatos em detrimento dos interesses estratégicos do poder público e da sociedade em geral). O culto ao indivíduo - uma das âncoras do liberalismo desenfreado – não pode ofuscar os interesses coletivos, nem tampouco desencorajar a planificação por parte do Estado. Se é legítimo que os indivíduos ocupem os espaços alcançados por merecimento, também o é que o poder público e a sociedade viabilizem os seus projetos prioritários. Da maneira que está, a sociedade mato-grossense é triplamente onerada: primeiro, destinando as vagas da UFMT aos estudantes de fora que, uma vez formados, dirão ‘muito obrigado e tchauzinho’; segundo, custeando a formação dos seus jovens nas instituições particulares e, terceiro, tendo que importar profissionais de fora, implorando que aceitem trabalhar em Mato Grosso mediante régios pagamentos.
Numa Universidade em que todos se dedicam à formação de estudantes comprometidos e apaixonados pela profissão, não é aceitável que se repita e se legitime um processo seletivo baseado no mero acaso. Que ‘melhoria de qualidade’ poderá oferecer à UFMT e à sociedade uma turma de alunos (forasteiros ou não) vocacionados para serem médicos, mas que lhes restou o curso de Direito, ou de engenheiros, que acabaram nos cursos de Filosofia, Artes ou Nutrição?
Esse assunto é sério demais para ser postergado até o próximo ano, no aguardo de novas amostragens. Certamente elas serão piores. O Brasil inteiro lembrará da UFMT “Sangue Bom”, doadora universal, escancarada e permissiva.
É preciso que a comunidade universitária – estudantes, sindicatos, reitoria, Consepe etc. - ponha à mão a consciência e revejam esse modelo. É preciso que o interesse público prevaleça!

Doutor em Ciências Sociais (Antropologia), professor do Instituto de Educação da UFMT.